quarta-feira, 28 de julho de 2010

Roda de amigos!

Que tarde agradável, que noite maravilhosa!
Foi um prazer receber os amigos aqui em casa outra vez!
Leidy, Lima, Marcos, Cícero, Elisa e eu formamos uma roda de amigos passamos algumas horas lendo e conversando sobre o texto... Estávamos todos descobrindo novos caminhos, novas formas de vermos as nossas personagens... É tão gostoso quando todos falam a mesma língua, quando compartilhamos a mesma energia... O tempo passou e nem percebemos....
Este tipo de experiência é tão bacana, tão importante, é uma forma de fortalecimento do grupo. Este tipo de harmonia faz muita diferença nos laboratórios e nos palcos. Camille é exemplo disso. E se depender deste grupo Gota terá a mesma harmonia.
São pequenas coisas como estas reuniões que tornam o trabalho prazeroso. É um ajudando ao outro. Quando você trabalha em grupo você percebe o outro e perceber o outro é tão importante quanto perceber a se mesmo. Cada necessidade percebia foi falada e apontado um outro caminho. No meu caso mesmo: Lima, Leidy e Marcos mais uma vez alertaram-me quanto a necessidade de saborear mais o texto(acho que sou a unica atriz que já entra com vontade de sair. rsrsrs). A Lima muitas vezes portou-se como diretora-moderadora, a Leidy era paixão pura, Marcos colaborou com toda a leitura, Cícero como Creonte vai procurar um momento de doçura, Elisa vai buscar um "encantamento" ao falar com Jasão...

Que outras rodas aconteçam!!!!!

Sou grata a todos a que participaram deste momento.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Oportunidades

Representar é se permitir ter e viver varias oportunidades e ontem eu me permiti mais.
Começamos pulando corda. Nossa... teve uma hora que eu assumi uma ponta e o Kadú outra, mas as caras e bocas dele provocaram em mim uma crise de risos tão forte que eu não conseguia girar a corda nem pedi ajuda... eu só ria desesperadamente. rsrsrs. Kadú é um homem com alma de criança, mas quando ele brinca com a corda transforma-se num anjo travesso. E eu adoro ficar olhando aquela felicidade toda.
É... acho que felicidade é a segunda palavra pra aula de ontem.
O Kadú nos dividiu em duplas e trabalhamos a questão de nos deixar moldar pelo outro. Trabalhei com o Rafael ele moldou a Joana dividida: usando uma das minhas mãos em forma de garra e a outra mas serena que segurava a garra, o rosto erguido e sempre pra frente em atitude de "altivez", a coluna era levemente curvada pela dor e as pernas ligeiramente flexionadas suportavam o peso. Encontrei dificuldade em moldar o Jasão não consegui associá-lo a nenhum animal na hora, mas agora com mais calma a imagem que tenho é a de um felino. De caminhar leve e marcante, com movimentos leves e certeiros até abocanhar por completo a presa... mas enfim... na hora tentei trazer mesmo a figura do menino/homem que às vezes protege outras quer ser protegido. Usei meu peso pra dar a ele um andar mais pesado e fazendo curvar mais os ombros, em alguns momentos solicitei que ele trouxesse a lembrança das brincadeiras com os sobrinhos fazendo ficar no plano médio. Acidentalmente durante o processo ele encontrou com uma das Joanas (Leidy), não era o que eu queria, mas aconteceu. Senti que ele não estava gostado do processo eu também não. Resumindo, não gostamos da forma como eu o conduzir!
Kadú solicitou que cada membro da dupla assumisse uma ponta da sala e que percorresse o trajeto até o outro vivendo momentos da vida da personagem. Durante o meu trajeto até o Rafael passei pelo primeiro encontro, o nascimento dos filhos, a brincadeiras com eles, as primeiras cobranças... Quando eu chegue eu estava cansada, mas ele me apresentou uma nova forma de ver o mundo ao abrir a janela e senti a brisa tocar o rosto, respirar mais profundamente, senti o cheiro da manhã e não levar a sério tudo na vida. Aproveitar as brincadeiras bobas e a possibilidade dela ter o sonho de dançar e ela dançou! E dançando ao lado dele descobre-se viva! Quando o Jasão chegou apresentei a ele parte da sua historia, no primeiro momento através do ponto de vista da Vanuzia, depois através do ponto de vista do Mestre Egeu (segundo o texto) e ao fim sobre o ponto de vista de Joana. Quando terminamos eu senti uma certa emoção por parte dele.
Kadú quis testar algumas alterações e a que mais gostei foi o Cicero como Creonte. Cicero e eu fizemos a cena em que Creonte vai a casa de Joana e ao fim ela solicita mais um dia. Adoro esta cena! Hoje todos estavam mais entrosados, eu mais leve. Esta leveza ficou nítida na roda de improviso entrei e sair varias vezes sem qualquer medo de errar... me diverti o tempo todo.
Que venham novas oportunidades e que eu me permita viver todas elas sem medo do que vão pensar, né Lima?


P.S.:
Quando eu for lembrando com mais clareza dos improvisos posto como comentário. O pessoal estava demais.
Bendito seja o soco no estômago!

Ter horário pra terminar é muito chato!!!!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sintonia? Que bicho é esse?

1.sf.Eletr. Condição de um circuito cuja a freqüência é igual à de outro.
2 Fig. Acordo mútuo ; harmonia.
Hoje estávamos tão distantes uns dos outros que a sintonia não chegou. Não sei se pelo tempo que permanecemos distantes ou pela falta de conhecimento da obra. Já na primeira improvisação a coisa não aconteceu, não gosto de fazer por fazer, mas fiz. Quando formamos um circulo a coisa ficou pior. Era nítido a busca do: o que é que eu vou fazer? Quando a pergunta deveria ser: o que o outro vai me ofertar? Eu preciso receber primeiro este presente e depois desembrulhar. Eu preciso permitir que esta freqüência encontre a minha. O ajuste da sintonia demorou a acontecer e quando aconteceu ainda restaram ruídos. Ruídos que foram pra roda de discussão.
Falamos das nossas barreiras, dos limites, da falta de concentração, da falta de estudar a obra, da falta de contato entre Joana e Jasão, e da necessidade das Joanas em se apaixonaremos pela figura do Jasão, desta busca pelas personagens e da preguiça de estudarmos. Nos laboratórios de corpo a sintonia aconteceu pela ausência da fala, mas agora essa sintonia precisa acontecer com a fala. E pra isso é preciso estudar, estudar, estudar...
Por não estudar a metade do que acho que devo, atribuo ao nosso fracasso de hoje a nossa preguiça. Somos preguiçosos! Justamente o que mais odeio! A roda de hoje foi um soco no estômago! E espero que doa muito por muito tempo! Assim quem sabe este vulcão que temos amarrado no umbigo não entre em erupção.
Hoje foi com certeza o pior laboratório, mas com certeza absoluta a melhor roda.
Na quarta quem sabe esta bicho de hoje não esteja mais afinado?


terça-feira, 6 de julho de 2010

Sinto falta da Gota d'água

Segunda e quarta são dias de Gota d'água, mas ontem não bebemos deste néctar e o vazio se fez presente... Isso é um bom sinal, significa que estamos dentro do processo de verdade. Agora só na próxima semana, uma pena.