quinta-feira, 15 de julho de 2010

Oportunidades

Representar é se permitir ter e viver varias oportunidades e ontem eu me permiti mais.
Começamos pulando corda. Nossa... teve uma hora que eu assumi uma ponta e o Kadú outra, mas as caras e bocas dele provocaram em mim uma crise de risos tão forte que eu não conseguia girar a corda nem pedi ajuda... eu só ria desesperadamente. rsrsrs. Kadú é um homem com alma de criança, mas quando ele brinca com a corda transforma-se num anjo travesso. E eu adoro ficar olhando aquela felicidade toda.
É... acho que felicidade é a segunda palavra pra aula de ontem.
O Kadú nos dividiu em duplas e trabalhamos a questão de nos deixar moldar pelo outro. Trabalhei com o Rafael ele moldou a Joana dividida: usando uma das minhas mãos em forma de garra e a outra mas serena que segurava a garra, o rosto erguido e sempre pra frente em atitude de "altivez", a coluna era levemente curvada pela dor e as pernas ligeiramente flexionadas suportavam o peso. Encontrei dificuldade em moldar o Jasão não consegui associá-lo a nenhum animal na hora, mas agora com mais calma a imagem que tenho é a de um felino. De caminhar leve e marcante, com movimentos leves e certeiros até abocanhar por completo a presa... mas enfim... na hora tentei trazer mesmo a figura do menino/homem que às vezes protege outras quer ser protegido. Usei meu peso pra dar a ele um andar mais pesado e fazendo curvar mais os ombros, em alguns momentos solicitei que ele trouxesse a lembrança das brincadeiras com os sobrinhos fazendo ficar no plano médio. Acidentalmente durante o processo ele encontrou com uma das Joanas (Leidy), não era o que eu queria, mas aconteceu. Senti que ele não estava gostado do processo eu também não. Resumindo, não gostamos da forma como eu o conduzir!
Kadú solicitou que cada membro da dupla assumisse uma ponta da sala e que percorresse o trajeto até o outro vivendo momentos da vida da personagem. Durante o meu trajeto até o Rafael passei pelo primeiro encontro, o nascimento dos filhos, a brincadeiras com eles, as primeiras cobranças... Quando eu chegue eu estava cansada, mas ele me apresentou uma nova forma de ver o mundo ao abrir a janela e senti a brisa tocar o rosto, respirar mais profundamente, senti o cheiro da manhã e não levar a sério tudo na vida. Aproveitar as brincadeiras bobas e a possibilidade dela ter o sonho de dançar e ela dançou! E dançando ao lado dele descobre-se viva! Quando o Jasão chegou apresentei a ele parte da sua historia, no primeiro momento através do ponto de vista da Vanuzia, depois através do ponto de vista do Mestre Egeu (segundo o texto) e ao fim sobre o ponto de vista de Joana. Quando terminamos eu senti uma certa emoção por parte dele.
Kadú quis testar algumas alterações e a que mais gostei foi o Cicero como Creonte. Cicero e eu fizemos a cena em que Creonte vai a casa de Joana e ao fim ela solicita mais um dia. Adoro esta cena! Hoje todos estavam mais entrosados, eu mais leve. Esta leveza ficou nítida na roda de improviso entrei e sair varias vezes sem qualquer medo de errar... me diverti o tempo todo.
Que venham novas oportunidades e que eu me permita viver todas elas sem medo do que vão pensar, né Lima?


P.S.:
Quando eu for lembrando com mais clareza dos improvisos posto como comentário. O pessoal estava demais.
Bendito seja o soco no estômago!

Ter horário pra terminar é muito chato!!!!

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